Crucifixo usado por Leão XIV guarda mica de osso de Santo Agostinho

Em sua primeira aparição pública uma vez que líder da Igreja Católica, na sacada da Basílica de São Pedro, o Papa Leão XIV chamou atenção por mais do que suas palavras. Ao peito, carregava um crucifixo repleto de simbolismo: no núcleo da peça está um mica ósseo de Santo Agostinho, teólogo e santo considerado um dos pilares da espiritualidade cristã e figura importante da ordem religiosa à qual o pontífice pertence.

A peça, no entanto, guarda ainda mais significados. Além da relíquia de Santo Agostinho, o crucifixo contém fragmentos atribuídos a Santa Mônica (mãe do santo), São Tomás de Villanova (padre espanhol espargido por seu trabalho com os pobres), Anselmo Polanco (vítima da Guerra Social Espanhola) e Giuseppe Bartolomeo Menocchio (patriarca italiano dos séculos XVIII e XIX).

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O crucifixo foi entregue ao logo cardeal Robert Prevost em setembro de 2023, quando ele foi criado cardeal, por escolha do padre Josef Sciberras, postulador universal da Ordem de Santo Agostinho. Segundo Sciberras, foi ele quem sugeriu a Prevost que levasse a relíquia ao conclave, uma vez que símbolo de fé e proteção místico.

“Não sei se foi por culpa da mensagem ou não, mas, quando o vi usando o crucifixo ao prestar juramento e novamente ao trespassar à varanda da basílica, fiquei profundamente comovido”, declarou o religioso em entrevista ao Vatican Media.

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O uso da peça por Leão XIV reforça seu vínculo com a tradição agostiniana, que valoriza o estabilidade entre fé e razão e a procura interno uma vez que caminhos para uma vida cristã autêntica — valores que devem marcar sua liderança no Vaticano.