Curiosidades
Cães acordados à noite não estão “pensando demais”, explica a ciência
A teoria de que cães passam a madrugada acordados por estarem “pensando” ou preocupados com problemas humanos desperta curiosidade, mas não encontra respaldo científico. Embora esse comportamento chame atenção, ele se explica de forma mais simples e objetiva quando analisado pela biologia e pela etologia.
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Primeiramente, especialistas classificam essa tradução uma vez que antropomorfismo — isto é, a tendência de atribuir emoções, intenções e reflexões humanas aos animais. Nesse sentido, imaginar cães envolvidos em dilemas emocionais abstratos acaba distorcendo a compreensão real de seu comportamento.
Do ponto de vista biológico, o sono cínico ocorre de maneira fragmentada. Ou seja, os cães alternam períodos curtos de folga com despertares frequentes, sobretudo por instinto de alerta e proteção. Ou por outra, embora eles entrem na temporada REM — associada aos sonhos e ao processamento de experiências —, isso não indica a presença de pensamentos complexos ou reflexões conscientes.
Quando um cachorro permanece acordado ou inquieto durante a noite, as causas costumam ser objetivas. Dor, desconforto físico, urgência de urinar, alterações no envolvente ou, ainda, impaciência provocada pela pouquidade do tutor figuram entre os motivos mais comuns. Portanto, o comportamento noturno reflete respostas diretas ao meio e às sensações corporais.
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Assim, longe de qualquer reflexão existencial, a vigília dos cães expressa mecanismos naturais de adaptação, proteção e bem-estar. Em suma, compreender essas reações ajuda tutores a interpretar melhor os sinais do bicho e a prometer uma rotina mais equilibrada e saudável.