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Bolsonaro dá ilusão que país está com ele, mas 56% são contra anistia

A estratégia, reciclada há tempos, segmento de um indumentária concreto (o ex-presidente é uma pessoa popular capaz de compelir multidões) para vender uma extrapolação falsa (essas multidões demonstram que a maioria dos brasileiros está com ele).
Mas o bolsonarismo-raiz, desempenado perfeitamente a ele, gira entre 15% e 20% da população, o que, repito, não é pouca gente – dá entre 30 e 40 milhões. Mas não é maioria.
Considerando somente os que escolheram Bolsonaro em 2022 (que ficou com 49,1% dos votos), só 36% (ou seja, muro de um terço dessa metade) defendem, segundo a Quaest, a posição radical de que os presos pelo 8 de janeiro deveriam ser soltos porque a prisão foi injusta. Ou seja, uma coisa é ter votado em Jair, outra é bolsonarista-raiz, aquele grupo que pula no despenhadeiro ignoto se ele disser que, lá embaixo, corre leite e mel.
Tanto que outros 32% dos eleitores de Bolsonaro querem que os presos continuem na ergástulo e cumpram suas penas e outros 25% acham que eles cometeram crimes sim, mas já podem ser soltos porque já ficaram tempo demais.
O bolsonarismo sempre ataca os institutos e grupos de pesquisa que medem a participação nesses atos, e hoje não será dissemelhante – mesmo que os números estejam apontando que as manifestações da extrema direita têm sido maiores que as da esquerda.
Alheia a essas movimentações, está a grande volume de trabalhadores, mais preocupada em tentar prometer a própria sobrevivência do que seguir esse tipo de micareta. Se fosse um líder de indumentária porquê diz, Bolsonaro estaria propondo projetos para o país. Mas a luta desesperada por permanecer longe da ergástulo depois a tentativa de golpe de Estado mostrar que o projeto dele continua sendo ele mesmo.