A moeda do dedo brasileira, o Drex, ainda não foi lançada, mas já enfrenta um repto imenso no contexto da informação. Nos mais de 95 milénio grupos públicos de WhatsApp analisados pela Palver, é provável identificar ataques ao Drex que remetem a agosto do ano pretérito. A campanha de desconstrução faz uso de desinformação para produzir pânico na população.
Os ataques empregam analogias envolvendo a China e controle governamental para destruir a reputação do Drex. No vídeo de maior repercussão, o interlocutor aponta que, em seguida a China ter implementado a moeda do dedo, a população não tem mais liberdade para comprar os produtos que deseja, mas somente aqueles que o governo autoriza.
A Yuan Digital, que foi apelidada nos grupos de WhatsApp porquê o Drex Chinês, é pioneira nas moedas digitais, ou CBDC (Meão Bank Do dedo Currency). Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump proibiu o desenvolvimento de uma moeda do dedo na última quinta-feira (23), buscando impulsionar a utilização das criptomoedas. Curiosamente, o republicano lançou sua própria criptomoeda no dia 17 de janeiro.
No monitoramento da Palver, observa-se que a oposição utilizou secção desse sentimento de pânico e aversão à moeda do dedo e direcionou ao Pix, principalmente por conta do monitoramento das transações. A questão da taxação foi a cereja do bolo.
O Drex deve ser lançado pelo Banco Central em 2025, mas o contexto não é zero favorável. A enorme repercussão negativa envolvendo o Pix ligou um alerta vermelho na informação do governo federalista. Na primeira reunião ministerial do ano, realizada no último dia 20, o presidente Lula cobrou seus ministros e ordenou que as medidas governamentais passem pela Casa Civil antes de serem publicadas.
A decisão visa evitar novas derrotas na disputa de narrativas, tal porquê aconteceu com o caso do Pix. Mas, essa orientação tende a reduzir a eficiência do governo e produzir gargalos no dia a dia da gestão. Toda e qualquer medida estruturada pelos ministérios, por mais simples que seja, está sujeita ao escrutínio da Presidência, por meio da Vivenda Social.
A preocupação do presidente Lula é legítima, uma vez que o impacto na população, e, mais do que isso, a percepção da população, pode instaurar o sucesso ou fracasso das medidas governamentais. No entanto, o método escolhido dificilmente produzirá resultados positivos ao governo.
Com as medidas passando pelo Palácio do Planalto, um grupo de pessoas terá que antecipar porquê será a percepção da opinião pública e tentar antever possíveis ataques da oposição. Sem critérios objetivos de escolha, esse processo tende a produzir bastante desgaste no próprio governo e aumentar o poder da Vivenda Social.
Quem irá se beneficiar com isso é a oposição, que a toda medida lançada continuará fazendo um trabalho de informação contrária. Cada recuo do governo será festejado porquê uma conquista, tal porquê foi no caso do Pix, enfraquecendo o governo.
Se Lula é comparado a Getúlio Vargas, com todas as ressalvas Nikolas Ferreira (PL) é o seu Carlos Lacerda. Com uma máquina de informação nas mãos, procura direcionar o sentimento das pessoas contra qualquer medida governamental. No caso do Pix, um dos vídeos de Nikolas viralizou e foi o segundo mais observado de todo o Instagram.
Nas situações em que o tema for aquecido previamente, porquê está acontecendo com o Drex, a discussão pública já nasce decidida. Se não houver uma estratégia objetiva de monitoramento das redes, qualquer turbulência causada pela oposição colocará o governo contra a parede, e as decisões de recuo ou enfrentamento vão encontrar respaldo somente na aleatoriedade.
