Olha, não deve estar fácil ser americano no ano de 2025. Não que eu sinta tanta pena assim deles –talvez de um ou outro–, mas a situação nos Estados Unidos caminha para o mais inteiro sinistro, com um surrealismo que antes só se via na veras latino-americana.
Acabo de ler no New York Times que o eminente preço dos ovos de Páscoa tem feito a população recorrer por soluções improvisadas. A mais generalidade é substituir os ovos por batatas tingidas de várias cores.
Peraí, isso não faz nenhum sentido. Ou faz? Ocorre que os ovos de Páscoa americanos não são de chocolate, uma vez que os nossos.
Na Páscoa gringa, a tradição manda esconder das crianças vários ovos de penosa cozidos e pintados de cores berrantes. Com a alta dos preços do ovo, muita gente tem optado por esconder tubérculos technicolor na caça aos ovos –à petiz vencedora, as batatas.
Imagina só passar a puerícia num lugar em que ovo de Páscoa é um ovo matizado de estufa de boteco. Acho que prefiro as batatas.
