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A supremacia americana – 06/02/2025 – Renato Terreno

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“Uma patranha dita milénio vezes torna-se verdade” poderia ser uma frase dita milénio vezes por Steve Bannon.

O colunista Ezra Klein, do New York Times, chamou a atenção para uma enunciação de Bannon: “O partido de oposição é a mídia. E a mídia, porque é burra e preguiçosa, só pode se concentrar em uma coisa de cada vez. Temos que inundar o terreno. Todo dia, acertamos eles com três coisas. Eles mordem a isca para uma delas e teremos nosso projeto executado. Bang. Bang. Bang. Esses caras nunca vão se restaurar. Mas temos que principiar com tônus muscular”. Seria excesso imaginar que se trata de uma atualização do termo “Blitzkrieg”? A guerra-relâmpago praticada pelos nazistas?

A jornalista Dorrit Harazim chamou a atenção para o método que se impõe por trás desse caos aparente. “O objetivo maior e final é assumir controle pleno, sistemático e perene da máquina federalista”, escreveu. É excesso enxergar interseções com o fascismo?

Em discursos cheios de carisma, Donald Trump evoca o sentimento patriótico para unir os americanos em torno de um projeto. Um siso de urgência é criado. Um clamor que dá missiva branca para que os fins justifiquem os meios. Seria excesso imaginar que Trump está criando uma atmosfera que procura uma solução final para questões complexas?

Não por casualidade, Trump escolheu Tom Homan e Stephen Miller uma vez que os rostos da política de deportações. Ambos têm traços étnicos muito semelhantes: homens brancos com feições de xerife. É excesso pensar que as imagens das deportações em tamanho de colombianos, brasileiros, indianos, mexicanos reforçam a construção de supremacia da raça americana?

Não por casualidade, Trump escolheu a prisão de Guantánamo para receber imigrantes. São inúmeras as denúncias de tortura, detenções arbitrárias e todo tipo de violação dos direitos humanos. Seria excesso… (não tenho coragem de completar esta frase).

As recentes ameaças bélicas contra Groenlândia, Canadá, Panamá e contra a Filete de Gaza serão cumpridas? É excesso pensar numa política expansionista calcada na força militar?

Elon Musk apoia francamente a extrema direita alemã. O possessor do X participou por videoconferência de um comício da AfD e disse: “É bom ter orgulho de ser germânico. Lutem por um horizonte luminoso para a Alemanha”. É excesso pensar que Musk tem o verba e os meios de informação para manipular os debates e disseminar suas ideias?

Durante a posse de Trump, Musk fez um gesto nazista. É excesso pensar que esse gesto não foi um indumentária só?


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