No sobranceiro do bairro do Morumbi, na zona Sul de São Paulo, exibe-se uma bela mansão com estrutura de taipa de pilão e paredes em tons rosados erguida na forma de uma pequena igreja. É a capela do Morumbi, uma das construções históricas do Museu da Cidade de São Paulo.
Apesar de ser hoje uma capela, o seu uso histórico é uma incógnita. Não se sabe qual é a finalidade exata da instituição. O primeiro documento que se refere a ela é de 1825.
A capela é segmento das ruínas no terreno da antiga mansão da Herdade Morumbi, uma construção que pertencia, na terceira dez do século 19, ao inglês John Rudge, um plantador de chá preto. Para alguns historiadores ela é uma velha construção consagrada a São Sebastião dos Escravos. Para outros se trata de uma capela sepultura destinada aos moradores da rancho. Fala-se também que seriam ruínas de um paiol.
Seja uma vez que for é um dos maiores conjuntos de paredes de taipa de pilão expostos na cidade. A taipa de pilão é uma técnica em que se compacta terreno úmida entre tábuas de madeira. Foi muito adotada na São Paulo colonial.
Entre as décadas de 1940 e 1950, quando a Companhia Imobiliária Morumby implantou seu projeto de sobranceiro padrão na região, contratou o escritório do arquiteto Gregori Warchavchik para restaurar a construção.
Ele usou principalmente alvenaria de tijolos para imaginar o novo prédio, mas também utilizou o concreto e colocou vigas de aço em alguns pontos da mansão para substanciar a estrutura e preservar as paredes de taipa de pilão.
Na sua tradução da mansão, Warchavchik deu-lhe o sentido de uma antiga capela. A companhia imobiliária manteve o sítio fechado até 1975, quando ele passou a ser propriedade da Prefeitura.
Na dez de 1990, a capela, que estava em petição de miséria, passou por uma grande reforma. Ultimamente tem sido muito mantida e está ensejo à visitação. O espaço é hoje talhado para a realização de eventos corporativos e sociais, uma vez que casamentos
Diz a mito que a mansão da rancho, hoje ocupada por um restaurante e onde ainda resiste uma velha senzala, teria sido entregue para Rudge pelo rei Dom João 6º. O régio era grande apreciador do chá e queria que fosse plantado nessa segmento dos trópicos. Rudge teria vindo para o Brasil na mesma esquadra que trouxe a família real em 1808.
Também existem referências de que a mansão de que o casarão foi habitado pelo padre Diogo Antônio Feijó, possuinte de um talento na propriedade, antes da dez de 1820. .
O veste, comprovado por documentos, é que, em 1825, Rudge comprou a rancho, que já tinha o nome atual e somava mais de 700 alqueires, de dona Benedita de Jesus e suas filhas, freiras do Convento de Santa Clara de Sorocaba.
Rudge passou um período especulando com o terreno e, em 1836, o teria vendido por centena vezes o valor que havia pago. Depois, acabou comprando-o de volta. Em qualquer momento, as terras do Morumbi também receberam videiras para produção de vinho.
A termo morumbi vem da língua tupi-guarani “murundu-obi” e significa morro ou colina virente. A região é comprovadamente a mais antiga com ocupação humana na cidade de São Paulo. A presença pré-histórica remonta a 3,7 milénio anos, uma vez que atestam objetos da pedra lascada pesquisados há longo tempo e revelados no ano pretérito na região.