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Pau a pau: Trump fixa tarifa pelo tamanho do órgão – 12/04/2025 – Antonio Prata

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Eis que, em meados de julho, depois de 90 dias de suspensão, Donald Trump volta à baila com as tarifas comerciais. Numa coletiva, anuncia ao mundo que refletiu muito nos últimos meses, consultou a própria consciência e releu algumas obras basilares da cultura ocidental: “A arte da negociação”, de Donald J. Trump, “Pense uma vez que um bilionário: tudo o que você precisa saber sobre sucesso, negócios e prosperidade”, de Donald J. Trump, “Todo mundo odeia um vencedor: aprenda uma vez que chegar ao topo e permanecer lá”, de Donald J. Trump, “América debilitada”, de Donald J. Trump e “Grande outra vez: uma vez que restaurar a América debilitada”, de Clarice Lispector. Galhofa, de Donald J. Trump.

A mergulho fez com que o agente laranja revisse seus critérios alfandegários e chegasse a novas regras. Os líderes de todas as nações irão a Washington, abaixarão as calças e as tarifas serão inversamente proporcionais aos tamanhos de seus paus. Quanto menor o órgão, maior a taxa e vice-versa. Porquê, segundo Trump, o seu membro é o maior do planeta, os EUA pagarão as menores taxas mundiais. (No caso de nações lideradas por mulheres, vale a tarifa mínima de 10%).

Perplexidade. Confusão. Revolta. “Qual a relação entre tamanho de pinto e transacção internacional?”; “Onde já se viu misturar métricas anatômicas com questões aduaneiras?”; Trump posta no X: “Quem tá reclamando é porque tem o pau pequeno! Hahahaha! Quem tem pau grande tá tranquilo! Hehehe! E se você tem pau pequeno, não devia liderar coisa nenhuma! Chupa, cotoquinhadaaaa!”.

Na ONU, na OMC e em Davos, economistas, empresários e políticos tentam convencer os EUA de que a proposta é esdrúxula, mas a campanha online, orquestrada pela extrema direita, é avassaladora —e contra memes não há argumentos. “The big dick policy” entrará em vigor dali a uma semana.

Humilhados, todos os líderes mundiais vão para Washington e são medidos por uma junta médica. Dias depois, revelam-se os resultados: Trump ficou na centésima octogésima nona posição, entre 193 países, logo detrás dos pinguins das Ilhas Heard e McDonald.

Trump se revolta. Diz que aquilo é fake news. Faz segmento de um complô da China, da União Europeia, das universidades, dos palestinos, de Hollywood, das feministas e das pessoas trans.

Muda as regras: para o tamanho do pau, no caso dos EUA, vai valer a autodeclaração. E uma vez que acredita na reciprocidade, para todos os outros países também vai valer a autodeclaração, do Trump. “Depois de anos de negociações o presidente sabe, só de olhar pro rostro, se tem pau grande ou pequeno”, diz J. D. Vance. “Por que você acha que ele me escolheu? Hehehe”.

Dois dias antes de as tarifas entrarem em vigor, surge no TikTok um vídeo da ex-atriz pornô e ex-caso de Trump, Storm Daniels, dizendo “ele sabe que o pinto dele é menor do que a média”. China e União Europeia levam o vídeo à OMC e exigem que os EUA aceitem, para seus produtos, tarifas mais altas do que a média mundial.

Trump alega que o TikTok é chinês e que o vídeo, portanto, é uma trama de Xi Jinping, a quem dá 24 horas para tirá-lo do ar. Xi Jinping afirma que não tem zero a ver com o tema e mostra os dados do TikTok: o vídeo foi postado por um menino de 13 anos, chamado Arthur Henrique, em Catanduva (SP), Brasil.

Passadas as 24 horas, um míssil nuclear gigante, grosso e potente erige de um silo sob o deserto do Arizona, cruza o Pacífico e esfarela Pequim. A resposta vem no mesmo calibre. Em minutos, boa segmento da vida é varrida da face da Terreno. Porquê se sabe, as baratas sobrevivem, regozijando-se por milhões de anos entre os escombros, uma vez que pintos no lixo.


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