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Empreendedor indígena cria corante têxtil à base de mandioca

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Cultivada há mais de 4.000 anos, a mandioca é muito mais do que um maná para o Brasil. A raiz está presente no folclore, na cultura e na nossa história. Pois agora ela também pode estar na sua roupa: o empreendedor indígena Sioduhi Paulino de Lima, da etnia piratapuia, do Cima Rio Preto, criou uma tecnologia que transforma cascas de mandioca em corantes têxteis naturais, com técnicas que não poluem o envolvente e estimulam conhecimentos ancestrais.

O ManioColor é produzido em São Gabriel da Catarata (AM) e utiliza resíduos da chamada mandioca brava, que tem cimo índice de ácido cianídrico. Ele é tirado pelas mulheres das comunidades locais – lideradas pela mãe de Paulino – com lume de lenha em casas de forno tradicionais. “A técnica inclui um processo próprio de raspagem da mandioca. Existem três camadas na raiz: a segmento do fécula e entre as películas. A película do meio é rica em taninos, elemento químico que protege contra fungos, bactérias e que aumenta também o nível de fixação em tecidos. As cores vão depender da variedade da mandioca, algumas puxando mais para o salmão dourado, outras para o rosé”, explica.

Paulino conta que saiu de sua comunidade quando ainda era muito jovem. Depois de alguns anos em São Paulo, onde estudou técnicas de modelagem e vestuário, sentiu a premência de voltar para a Amazônia. “Lutar pelos direitos indígenas estando distante dos nossos territórios não é a mesma coisa. Só cá posso sentir as dores reais. Cá vou para a roça com minha mãe, desenvolvo o trabalho com as mulheres. Quero trazer uma novidade perspectiva para a tendência e impactar positivamente o sítio de onde eu venho”, diz.



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