Há choros e choros.
Mesmo quando há motivos para reclamar, há protestos exagerados, tantos são os erros de arbitragem pelo mundo afora.
Mas quando se inventa um pênalti pornográfico e o VAR, que existe só para evitar erros crassos, vira cúmplice, e numa semifinal de campeonato, o pranto é livre e justo.
Foi o caso da derrota são-paulina para o Palmeiras na última segunda-feira (10).
O erro de tão escandaloso até fez olvidar a lambança da saidinha de globo tricolor, vício recorrente de times que não têm cultura para fazê-la e insistem, com autorização dos treinadores.
Que o Palmeiras, predilecto, jogou melhor e até mereceu a vitória também é indiscutível.
Só que o equívoco gigantesco deu ao São Paulo também o argumento de ter jogado de igual para igual etc.
E motivo para a ridícula ameaço de boicotar o Paulistinha do ano que vem, coisa que todos sabem não acontecerá.
Tetra à vista.
As finais terão a perdão suplementar de o Palmeiras em procura do tetracampeonato inédito no profissionalismo em São Paulo e o Corinthians na tentativa de restituir a maçã amarga imposta pelo rival que o impediu da primazia cinco anos detrás.
O jogo de volta em Itaquera pode ser de sarau ou de velório.
Ambos de proporções gigantescas.
Que Champions!
O Liverpool era o melhor time do mundo, talvez ainda seja, tinha a faca e o queijo nos pés ao receber o PSG com a vantagem do 1 a 0 no Parque dos Príncipes, em Paris, e perdeu pelo mesmo placar, pela primeira vez para um time gálico, no Anfield.
Se fosse pouco, viu o goleiro italiano Donnarumma pegar dois pênaltis para eliminá-lo da Champions ainda nas oitavas de final, depois de ter feito a melhor campanha na período de classificação.
O PSG de Dembélé, que foi mal no Barcelona, parece mais confiável que o de Mbappé, Messi e Neymar.
E o Barcelona do fenomenal Yamal e do eficiente Raphinha, dá a potente sentimento de que pode, de novo, dominar a Europa.
É evidente que o Bayern Munique de Harry Kane também não está para galhofa e a Inter de Milão está pronta para surpreender.
A última vaga para as quartas de final só foi decidida na marca da cal.
O 2 a 1 para o Real Madrid no Santiago Bernabéu virou 1 a 0 para o Atlético no Estádio Metropolitano e não teve jeito.
Quer expressar, jeito até teve, porque Vinicius Júnior jogou nas alturas o 1 a 1 no pênalti que desperdiçou miseravelmente, o primeiro que errou com a camisa merengue.
Não seria mesmo justo, porque o Atlético jogou melhor e Courtois evitou a eliminação no tempo normal e na prorrogação.
Nos penais, deu o que quase sempre dá: o Real Madrid segue em procura da 16º Champions.
Título inédito só para PSG e Arsenal.
Será que o Fenômeno queria mesmo presidir a CBF?
Ou estava sem o que fazer e inventou a candidatura para se divertir?
Porque para derrotar o poder das carcomidas, e nebulosas, federações estaduais, só com as Forças Armadas.
Golpe não é o potente do Fenômeno.