Surpresas, candidatos esnobados e o impacto dos SAG Awards no Oscar 2025

A reação congelada do SAG quando se mencionava Emilia Perez também me acende a percepção de que Ainda Estou Cá é o predilecto de Filme de Língua Estrangeira, mas, mais ainda, depois do oração amornado de Jane Fonda, a homenageada da noite, que abriu o coração sobre o momento atual nos Estados Unidos, alimentando o susto de um sistema opressor se formando por lá. Ainda Estou Cá é o filme mais relevante do momento, principalmente em Hollywood. A história de Eunice de Paiva explora um susto real dos americanos, fazendo Walter Salles Jr. ter destaque.

Logo chegamos à Melhor Ator e Melhor Atriz. A vitória de Demi Moore freiou a subida de Mikey Madison, mas não a eliminou. Se Karla Sofía não tivesse tirado o lugar de Fernanda Torres no SAG teríamos tido a verdadeira prévia do Oscar, com as três favoritas postas lado a lado, mas agora está uma bagunça. Sem incerteza, essa vitória de Demi “não é boa” para Fernanda, mas ressalto novamente, porquê ela não estava indicada, não diz essencialmente “zero”. Só saberemos domingo e Fernanda continua favorita.

Confesso que fiquei aliviada com a surpresa de que Adrien Brody, mesmo com uma grande atuação em O Brutalista, não venceu. Por fim, é a mesma tradução de O Pianista. Foi sua primeira itinerário significativa em vivenda (o BAFTA não conta) e ter sido para Timothée Chalamet em Completo Incógnito foi um tanto ainda mais inesperado. Considero Timothée o melhor ator de sua geração e chega cá com um corpo de trabalho consistente e variado, que não o questionem por ter vencido. E seu oração, improvisado, foi o melhor: não diminuiu seu esforço ou vontade de ser reconhecido. Quer ser o melhor e aceitou o incentivo. Perfeito! Só espero que melhore o visual para o Oscar.

Na secção de TV, que antecede o Emmy em setembro, ficou muito confuso também. Uma vez que Bebê Rena e Shogun foram lançados em janeiro de 2024, ainda eram os donos da noite em suas categorias, mas já sem a sarau ou ansiedade de ninguém. Eles atrapalharam a noite do Pinguim, que reconheceu Colin Farrell, mas Cristin Millioti vai ter que esperar sua vez.

Assim, chegamos a Only Murders in The Building. Sou fã apaixonada da série e vibrei com o primeiro reconhecimento de Martin Short, aos 74 anos, que veio justamente quando ele não pôde estar presente por estar com COVID-19. Imaginem porquê ele ficou em vivenda de ter perdido essa chance de estar no palco! Tão meta se pensarmos em sua personagem (e persona) que ri sozinha pensando nisso. A vitória da série, tirando de The Bear e de Hacks, é um tanto a comemorar também.

Jean Smart porquê Melhor Atriz Comédia pela série é justo, mas Hacks não é 100% comédia, é comédia dramática com ênfase no drama, OMITB, ao contrário, é puro riso. Era mais do que hora de que Hollywood desse um basta ao marketing e reconhecesse a valor dos gêneros premiando corretamente uma comédia na categoria de Comédia. Isso quer manifestar que Hacks não é a favorita para o Emmy em setembro? Não, mas que pelo menos zero é tão perceptível até lá e isso é mais do que muito vindo!