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Conheça as sidras e outros fermentados de frutas – 22/02/2025 – Tinto ou Branco

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Temperaturas altas não harmonizam com bebidas de cocuruto texto alcoólico. Em dias de calor porquê os que tivemos em São Paulo, pelo menos para mim, o vinho já é alcoólico demais. Por mais geladinho que chegue à mesa, esquenta a gente por dentro. Porquê não sou da cerveja, sofro no verão. Sidras e fermentados de outras frutas são uma ótima opção nessas horas. Cá no Brasil, no entanto, apesar da enorme variedade de frutas que temos, desde que me conheço por gente, nunca foi muito fácil encontrar essas bebidas nos bares e restaurantes de São Paulo. Isso começa a mudar.

Prova dessa mudança é o sucesso que tem feito o Festival Sol, Sede e Sidra, do Racimo Bar, um pequeno bar de vinhos em Perdizes inaugurado há poucos meses. O festival começou no dia 8 de fevereiro com uma sarau que lotou. A proprietária, Leandra Lima, conta que vendeu praticamente toda a Sidra que tinha.

Eu não estava em São Paulo no dia da fenda do festival e perdi. Esta semana, no entanto, consegui ir saber a mansão e provar as sidras. Provei vários. Gostei muito. Vi as pessoas a meu volta pedirem mais sidra do que vinho.

Leandra fez uma missiva com cinco sidras de veste, ou seja, bebidas fermentados de maçã, e sete outros fermentados de frutas, com preços variando R$ 49,00 e R$ 241,00, a garrafa, e de R$ 32,00 a R$ 58,00, a taça. Uma sidra da Bretanha (França), outra das Astúrias (Espanha) e o resto tudo do Brasil. De várias partes do Brasil: Rio Grande do Sul, do Acre, do litoral de São Paulo, da grande São Paulo. Tudo com bolhas, evidente.

Uma das mais baratas da missiva, a sidra francesa Le Kerné me surpreendeu pela elegância e frescor. Aliás em todas as de maçã que provei, o que inclui ainda a Sidra II 2022 Macerada, da gaúcha Vivente Vinhos, e a Sidra de Maçã, da paulista Cia dos Fermentados, não senti aquele olor de maçã cozida, de torta de maçã, que eu esperava por experiências passadas. A fruta nestas três sidras aparece fresca, ainda com acidez e seu olor original. O álcool, em todas elas, é reles: 4%, 7,4% e 8%, respectivamente.

Muito interessante é o espumante sem zero de álcool de cacau e cumaru da Japi, de Boiçucanga, em São Sebastião, no litoral de São Paulo. Já conheci os refrigerantes dessa pequena fábrica artesanal. São muito bons. O espumante, no entanto, é mais quebrável, lembra mais um vinho. E a garrafa é linda. Na verdade, não leva o nome espumante no rótulo. Por lei, só fermentados de uva podem fazer isso. Está definido porquê bebida fermentada.

Da lista, eu já conhecia o delicioso hidromel Frambô, da Montaneus (RS), e super fresquinho Cupuaçu, da Florisa (AC). Entre os fermentados de fruta, vários da Cia dos Fermentados, que conheço muito e sabor muito. Tem de acerola, caju, jabuticaba. Os sócios Fernando Goldenstein Carvalhaes e Leonardo Alves de Andrade estiveram comigo em Trancoso no Organic Festival. Na ocasião, conversamos bastante sobre porquê, num país com a heterogeneidade de frutas que existe no Brasil, é um desperdício se levedar unicamente uvas.

As frutas várias vezes nascem no mato. São nativas ou estão muito muito adaptadas. É fácil cultivá-las de forma orgânica. Fermentados de frutas brasileiras são, além de tudo, mais ecológicos. A pegada de carbono deles é muito menor.

Leandra conta que aprendeu a gostar de sidras nas cidreries de Paris. Diz que pretende manter uns dois ou três rótulos na sua missiva depois que o festival ultimar. O Sol, Sede e Sidra vai só até o dia 28. Corre lá!


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