contra tudo e contra todos

Estevão sai em ziguezague com a esfera nos pés. Imparável. Gol. Empate.

E aí a partida ganha contornos de uma final. O empate eliminaria os dois times. Abel mexe, manda o time pra frente, pressão máxima.

Aos 30 do segundo tempo o Palmeiras acha um gol com a rostro do Corinthians (não se ofendam com a confrontação): rebate daqui, rebate dali, esfera pinga, trezentas pessoas na frente do gol, alguém, mete pra dentro. Mal-parecido, horroroso, medonho, incrível, maravilhoso. O time da viradela. Na sequência, golaço do garoto Luigi: 3×1.

O Palmeiras segue vivo no Paulistão. Não depende só dele, mas talvez tenha conquistado uma certa couraça nessa viradela sobre o Botafogo. Abel gosta assim. Sabe que faz secção da construção de um time a capacidade de, juntos, superar momentos ruins. A última rodada vai proferir. O Palmeiras precisa vencer o Mirassol e torcer contra São Bernardo e Ponte.