Esporte
Perito não descarta fraude em RCE, mas denúncia prematura

Para a consultoria, os documentos do clube podem fundamentar o vestígio de esvaziamento patrimonial ou fraude contra credores denunciados pelo empresário. Só que o momento processual da RCE não condiz com esses argumentos, pois demandam estudo documental, principalmente contábil, o que ainda não foi realizado.
A perícia também disse que os embargos de enunciação abertos por Cury não são a forma processual adequada para indicar ilegalidades no procedimento e tampouco fatos novos. Ele sugeriu ao tribunal pela instauração de uma verificação de fraudes ou irregularidades noticiadas pelos credores.
A perícia também destacou que o Ministério Público manifestou sua mediação no RCE, diante do relevante interesse social envolvido no processo, muito uma vez que “dos indícios de fraudes suscitados por credores”.
Os peritos solicitaram que o Bradesco e outras empresas que ingressaram no processo para acompanhá-lo tivessem seus cadastros feitos, e ainda pediu que o Corinthians se manifeste sobre a solicitação da empresa Jumper Segurança e Vigilância sobre eventual prioridade no recebimento de seus valores.
Outro ponto abordado foi a argumento de um credor dizendo que o clube não poderia ter solicitado os benefícios de SAF sem ter virado SAF. A perícia destacou que o Corinthians é uma associação social, sendo uma pessoa jurídica de recta privado, e assim pode se beneficiar do RCE.
Por termo, a Laspro Consultores determinou que um edital seja expedido para intimar os credores para que possam se manifestar sobre o projecto de pagamento proposto pelo Corinthians na semana passada.