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Desabamento na ‘Igreja de Ouro’ em Salvador deixa uma vítima inevitável e seis feridos

Uma tragédia marcou a tarde desta quarta-feira (5) no Núcleo Histórico de Salvador. Segmento do teto da Igreja de São Francisco de Assis, conhecida porquê a “Igreja de Ouro”, desabou, resultando na morte de uma turista de 26 anos e deixando outras seis pessoas feridas. O Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBM-BA) confirmou a ocorrência e informou que a estrutura desmoronou por volta das 14h30.
Testemunhas registraram imagens do lugar logo posteriormente o acidente, mostrando escombros de madeira espalhados pelo interno do templo, que é um dos mais visitados da capital baiana. Equipes da Resguardo Social e da Polícia Militar foram mobilizadas imediatamente, e a extensão foi isolada para evitar novos incidentes.
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Segundo a Resguardo Social de Salvador, os primeiros indícios apontam para um colapso causado pelo peso da estrutura superior. “Uma segmento da cobertura pode ter doado primeiro, e o restante do teto desabou devido ao sobrepeso”, explicou o coordenador do órgão, Sósthenes Macedo.
O Serviço de Atendimento Traste de Urgência (Samu) prestou socorro às vítimas, que sofreram ferimentos leves. A turista que perdeu a vida estava acompanhada do namorado e de um parelha de amigos. Os homens, que estavam em outro ponto da igreja no momento do desabamento, não se feriram. Já a amiga da vítima sofreu um galanteio na testa, mas sem sisudez.
A Polícia Técnica recolheu o corpo da jovem por volta das 16h50 e o encaminhou ao Instituto Médico Lícito (IML) para necropsia. A identidade da vítima ainda não foi divulgada oficialmente.
A Igreja de São Francisco de Assis, um dos maiores exemplos do barroco brasiliano, já vinha enfrentando problemas estruturais há anos. Construída no século 18 e tombada porquê patrimônio vernáculo, a igreja passou por algumas intervenções pontuais, mas continuava apresentando sinais de deterioração.
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Em 2023, um relatório apontou o desgaste de pinturas e do teto, além de problemas no piso e em algumas colunas internas. No mesmo ano, o risco de queda de um pináculo levou ao fechamento parcial de um dos pátios do multíplice. Embora o governo federalista tenha restaurado os painéis de azulejos portugueses do templo, outras partes da construção não receberam a manutenção necessária.
Por ser um patrimônio tombado, qualquer reforma na igreja precisa passar pela aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Pátrio (Iphan), garantindo que a origem arquitetônica seja preservada. A tragédia reacende o debate sobre a conservação de edifícios históricos e a segurança de visitantes em monumentos de grande valor cultural.