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1ª vereadora quilombola de Salvador combate racismo nas pautas ambientais

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Ao assumir o procuração, Eliete consultou a Presidência da Câmara sobre possíveis medidas de segurança para vereadores, uma vez que carros blindados. “A resposta foi que nunca houve um vereador sob prenúncio, por isso não havia um programa de proteção”.

Apesar dos riscos, Eliete segue firme em sua luta, confiando no suporte comunitário, familiar e na rede de mulheres que a protegem na atuação nas áreas isoladas de manguezais.

“É preciso discutir Salvador para as mulheres e para sua população, para seus filhos e moradores, e não exclusivamente para os visitantes”.

Comunidades afetadas

Eliete foi ameaçada pela sua militância em defesa das comunidades tradicionais e povos das águas
Eliete foi ameaçada pela sua militância em resguardo das comunidades tradicionais e povos das águas Imagem: Ror pessoal

Sua eleição também coloca em debate a valia de se discutir o meio envolvente sob a perspectiva de quem nasceu e vive em uma comunidade que tem uma relação direta com o mangue e com a vegetação ao volta da Baía de Todos os Santos, a maior baía do país.

Ela labareda atenção para o veste da cidade, que depende muito do turismo e tem uma vez que um dos atrativos a gastronomia de frutos do mar, não valorizar os pescadores tradicionais.

“A moqueca é um cartão-postal de Salvador, mas a cidade não dialoga com os pescadores e marisqueiras. Essa comunidade é invisibilizada. O poder público precisa entender que a pesca artesanal é turismo, mas também é economia, é trabalho, é cultura”.

Na Ilhota de Maré, onde mais de 90% da população se autodeclara negra, há graves problemas de degradação ambiental, causados pela poluição industrial e pelas grandes corporações e interesses econômicos. Eliete denuncia essas questões e defende a preservação do ecossistema lugar, além de lutar pelos direitos fundiários das comunidades quilombolas. Embora esses direitos estejam garantidos pela Constituição de 1988, a burocracia e a pressão de especuladores imobiliários frequentemente ameaçam essas populações.

“Além da falta de saneamento substancial e da degradação ambiental, as ilhas sofrem com carências na ensino e na saúde. Para se ter uma teoria, a equipe de [Estratégia] Saúde da Família só chegou na comunidade em 2020 devido à pandemia, e o primeiro posto de saúde foi inaugurado exclusivamente em 2024. Para completar, os moradores que precisam de barcos para fazer a travessia pagam a tarifa de transporte público mais rosto da cidade”, pontua.





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