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Morre Sarah Jane Moore, mulher que tentou chacinar o presidente Gerald Ford

Sarah Jane Moore, conhecida por tentar chacinar o logo presidente dos Estados Unidos, Gerald Ford, em 1975, morreu no último dia 24 de setembro, aos 95 anos, em um lar de idosos em Franklin, Tennessee. A informação foi confirmada por familiares.
Moore foi uma das duas únicas mulheres condenadas por tentativa de homicídio contra um presidente norte-americano — a outra foi Lynette “Squeaky” Fromme, integrante da seita de Charles Manson, que também tentou combater Ford poucas semanas antes.
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O incidente que marcou a vida de Moore aconteceu em 22 de setembro de 1975, em São Francisco. Armada com um revólver calibre .38, ela disparou contra Ford na saída do Hotel St. Francis. O primeiro tiro passou por cima do presidente. No segundo, o ex-fuzileiro naval Oliver Sipple desviou o braço dela, evitando uma tragédia. A projéctil acabou atingindo um taxista, que sobreviveu.
Detida imediatamente, Moore confessou o violação e foi condenada à prisão perpétua. Anos depois, afirmou que sua motivação era provocar uma revolução política e social. Em 1979, chegou a fugir da prisão, mas foi recapturada no mesmo dia. No totalidade, passou 32 anos presa até ser libertada em liberdade condicional em 2007.
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Antes do atentado, a trajetória de Moore já chamava atenção. Ela passou por diversos casamentos, integrou grupos de esquerda e chegou a atuar uma vez que informante do FBI, monitorando atividades políticas ligadas à família Hearst. Essa anfibologia entre colaboração solene e militância radical ajudou a erigir a imagem enigmática que a acompanhou até o término da vida.
Discreta nos últimos anos, Moore permaneceu afastada do debate público. Sua morte reacende discussões sobre os limites da violência política nos Estados Unidos dos anos 1970, um período de intensa polarização social e ideológica.