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Morre Cristina de Orleans e Bragança, bisneta da princesa Isabel

Cristina de Orleans e Bragança, bisneta da princesa Isabel e trineta de Dom Pedro II, faleceu nesta quinta-feira (15/5), aos 74 anos, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro. Ela estava internada no Hospital da Unimed para recuperação de uma cirurgia abdominal, mas sofreu uma paragem cardiorrespiratória.
Proveniente de Petrópolis, Cristina era filha de Dom Pedro Gastão, irmão do atual superintendente da Mansão Imperial do Brasil, Dom Luiz de Orleans e Bragança. Casada com Antônio Oceânico, deixa duas filhas — Anna Teresa e Paola Maria — e um neto.
Formada em biologia pela Universidade Federalista do Rio de Janeiro (UFRJ), ela vivia aposentada no província de Itaipava.
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Segundo a família, o velório será realizado neste sábado (17), na funerária Oswaldo Cruz, e o sepultamento ocorrerá no mesmo dia no Cemitério Municipal de Petrópolis.
A morte de Cristina volta a trazer à tona o debate sobre a relevância atual dos descendentes da antiga família imperial brasileira. Embora o uso de títulos porquê “príncipe” ou “princesa” não tenha reconhecimento solene no Brasil desde a proclamação da República, em 1889, alguns membros da família Orleans e Bragança seguem sendo figuras públicas de destaque em círculos monarquistas e tradicionais.
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Para o historiador Marcus Dezemone, professor da UFF e da Uerj, os títulos são hoje símbolos culturais, e não privilégios legais. Ele também esclarece a polêmica em torno do laudêmio, publicado popularmente porquê “taxa do príncipe”. Segundo o perito, trata-se de uma obrigação ligada ao recta de propriedade de terras herdadas e não de um favor facultado por nobreza. “No Brasil, o laudêmio é pago porque eles são os proprietários, não porque são descendentes do trono”, pontua.
Aos estudiosos e simpatizantes da reino, Cristina representava uma relação viva com a história do Predomínio Brasiliano — e sua morte marca mais um capítulo do término de uma geração.