Esporte
Galípolo joga chuva fria em expectativa de queda de juros

De convenção com o presidente do BC, há preocupação com a inflação vernáculo, que está “rodando supra da meta” e com as expectativas desancoradas.
Ele ressaltou que o Copom ainda está muito incomodado com a desancoragem das expectativas inflacionárias e que o expedido da última reunião, que fala em pelo menos mais uma subida, de menor magnitude, ou seja, alguma coisa aquém de 1%, um pouco percentual, está atual.
As declarações do diretor Diogo Guillen, semana passada no evento em Washington, falando em cautela e flexibilidade, foram interpretadas por segmento do mercado porquê uma porta ocasião para quem sabe uma subida mais moderada da Selic, talvez até uma queda daqui a alguns meses.
Mas, ontem, Galípolo tratou de esclarecer que não é zero disso. Ele corrigiu a rota dos juros futuros que estavam precificando taxas menores desde a fala de Guillen. Números são números e, para esse efeito, a inflação está rodando ainda em 5,49% em 12 meses, segundo o IPCA 15 da sexta passada, muito supra do teto da meta de 4,5%.
Amanda Klein
Para a apresentadora, enquanto o Banco Médio continua cordato ao anunciar seus próximos movimentos, a expectativa do mercado é que a Selic ainda está longe do término do ciclo de subida.
E a economia também continua bastante aquecida, com o mercado de trabalho em pleno ofício. Paulo Gala, que é economista-chefe do Master, afirma que a Selic deve permanecer subida por um bom tempo. A teoria do Copom, segundo ele, é esperar para ver, até porque o PIB cresce a 2%. É bastante.