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Cildo Meireles traz à tona escritos do pai sobre indígenas – 14/02/2025 – Walter Porto

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A questão indígena está presente em muitos dos trabalhos de Cildo Meireles. O artista, sabido por suas às vezes disfarçadas, mas sempre pungentes críticas aos abusos do poder, é responsável por exemplo de “Zero Real”, uma cédula falsa estampada com a imagem de um varão indígena. Ou ainda de “Olvido” e “Missão, Missões”, instalações que juntam ossos e quantia para fazer um glosa sobre a violência colonial no continente americano.

O artista conviveu com o tema desde cedo: seu tio era Francisco Meirelles, um dos sertanistas mais renomados do país, e seu pai, também chamado Cildo, integrou a equipe original do marechal Rondon e trabalhou por anos no SPI (Serviço de Proteção aos Índios), embrião da atual Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas).

Um facto marcou a trajetória do Cildo pai na dimensão. Ele foi o responsável por investigar o massacre de 26 indígenas kraô nas proximidades de Pedro Afonso, município hoje pertencente ao Tocantins, por fazendeiros e policiais.

Sua luta para levar o caso da esfera administrativa para a judicial levou à pena dos envolvidos. Mas custou ao indigenista a sua curso —ele foi destituído do SPI em 1952. Morreu pouco depois, em 1965, deixando murado de 5.000 documentos, entre relatórios, cartas, mapas, telegramas e fotografias.

Sua família guardou os arquivos e financiou sua estudo por pesquisadores, um processo que durou murado de cinco anos. O material enfim estará disponível ao público em um livro que a Ubu pretende lançar no primícias do segundo semestre deste ano.

O livro procura trazer luz, assim, à trajetória do indigenista. A obra inclui ainda fragmentos de uma espécie de guia sobre o povo kraô que ele assinou e cujas outras partes não foram localizadas.

ALEGRIA, ALEGRIA Redescoberta pela ateneu nos anos 2000, a italiana Goliarda Sapienza terá sua principal obra, “A Arte da Alegria”, lançado pela Autêntica Contemporânea. O romance, que acompanha o prolongamento da protagonista, Modesta, teve a sua publicação rejeitada por editoras por décadas, em secção devido à sua trouxa erótica. A tradução está a função de Igor de Albuquerque e Valentina Cantori.

UM TETO Autora de “Puro”, publicado pela Todavia, a mineira Nara Vidal trabalha em um projeto para a Zahar inspirado em “Um Teto Todo Seu”. O ensaio de Virginia Woolf publicado em 1929 mostra porquê as condições financeiras de uma mulher podiam valer o sucesso ou o fracasso de sua curso literária na idade. Mas o que mudou de lá para cá? Esta é a pergunta que guia o novo texto, dividido em capítulos que exploram temas porquê a profissionalização da escrita, casos de autoras plagiadas pelos próprios companheiros e o machismo na estudo e versão canônica de textos acadêmicos.

NO ESCURINHO Publicado pela Dublinense, o romance de estreia da gaúcha Gabriela Richinitti, “Gaiola de Esperar Tempestades”, teve seus direitos de adaptação comprados pela produtora da atriz Bianca Comparato quase ao mesmo tempo em que chegou às livrarias. A trama é centrada em duas jovens que não se conhecem e pegam toda semana o mesmo ônibus para uma cidade interiorana.

Esta não é a primeira invasão de autores da morada pelo audiovisual. Uma série adaptada de “Amora”, de Natalia Borges Polesso, entrou em produção neste ano. O livro de contos vencedor do Jabuti em 2016 faz um mosaico de representações do paixão lésbico.


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