Curiosidades
Mais de milénio vítimas do 11 de Setembro seguem sem identificação 24 anos depois os ataques

Quase um quarto de século depois dos atentados contra o World Trade Center, a cidade de Novidade York ainda convive com uma ferida ocasião. Segundo o Escritório do Encarregado Médico Legista (OCME), tapume de 1.100 vítimas seguem sem identificação, apesar de décadas de esforços científicos para explorar os sobras mortais recuperados em Ground Zero.
A devastação provocada pelo queima, pela chuva usada no combate às chamas e pela ação do tempo comprometeu boa secção do material genético. “O queima, a chuva utilizada para extinguir as chamas, a luz solar, mofo, bactérias, insetos e combustíveis químicos – todas essas condições destroem o DNA”, explicou Mark Desire, diretor assistente de biologia judiciario da OCME.
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O trabalho de recuperação foi marcado por dificuldades desde os primeiros dias. Milhares de bombeiros, policiais e voluntários passaram meses revirando os escombros, o que contaminou acidentalmente a cena. Segmento do material foi levada para o Fresh Kills Landfill, em Staten Island, onde mais de 4 milénio fragmentos humanos e 54 milénio objetos pessoais foram encontrados durante a triagem. Ainda assim, uma quantidade significativa de amostras ficou inutilizada para a estudo genética.
Nos últimos anos, avanços laboratoriais permitiram a identificação de algumas vítimas, uma vez que Ryan Fitzgerald, de 26 anos, e Barbara Keating, de 72, além de uma terceira pessoa cuja família preferiu não ser identificada. Ao todo, 1.653 pessoas já tiveram a identidade confirmada.
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Mesmo assim, o número de casos pendentes é significativo. Os fragmentos não identificados – mais de 8 milénio – permanecem armazenados em um repositório subterrâneo no próprio lugar do ataque. Para o gerente legista Jason Graham, a missão está longe de ser encerrada: “Quase 25 anos depois o sinistro no World Trade Center, nosso compromisso em identificar os desaparecidos e devolvê-los aos seus entes queridos permanece tão poderoso quanto sempre”.
A esperança da ciência é que novas técnicas de extração e estudo de DNA possam oferecer respostas às famílias que ainda aguardam por um desfecho. Enquanto isso, Novidade York preserva a memória de um dos capítulos mais traumáticos de sua história.